segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

INTUIÇÃO, A VOZ INTERIOR.


Por María Jesús Ribas / EFE

Você confia naquela voz interior que às vezes parece seguir por caminhos diferentes aos do bom senso e do pensamento racional? É importante treinar sua capacidade intuitiva e não confundi-la com medos e fantasias.
Você acaba de conhecer uma pessoa e se apaixona, embora nem sequer tenha falado com ela. Um colega de trabalho parece ser simpático, mas você mal o conhece. A reunião de hoje dá a sensação de que terá resultados insuspeitados. Antes mesmo de tirar o telefone do gancho, você tem certeza de saber quem está do outro lado da linha.
Essas situações envolvem palpites, pressentimentos e intuições que todos tivemos em algum momento de nossa vida e nos fizeram sentir que existe outra sabedoria, talvez mais profunda do que aquela que emana da mente consciente.
Mas o que são esses lampejos de compreensão? São fontes de informação confiáveis? De onde eles vêm? Os psicólogos definem a intuição como "a percepção íntima e instantânea de uma idéia ou situação", ou seja, a capacidade de entender uma coisa sem a intervenção do raciocínio e da lógica.
A pessoa que experimenta uma revelação intuitiva sabe alguma coisa, mas é incapaz de explicar como a ficou conhecendo.
Uma pessoa intuitiva não está em contato com o além nem pratica magia, mas tem uma sensibilidade especial para captar os diferentes matizes da realidade: o que não se diz, aquilo que a linguagem corporal expressa, as coincidências entre certas situações, um dado que passa despercebido ou esquecido.
Segundo os especialistas há uma série de chaves para tirar proveito das intuições e alguns hábitos que servem como treino para aprender a escutar essa desconcertante voz interior:
Diferença entre intuição e subjetividade.Ao contrário do conhecimento intuitivo, o pensamento subjetivo surge como resultado de preconceitos, distorções, autoenganos, fantasias e reações emocionais. Para diferenciá-lo da capacidade intuitiva, convém analisar os pensamentos correntes: se eles lembram demais de uma coisa, alguém ou alguma situação, não é aconselhável deixar-se levar por essa impressão repentina.
Acrescente a razão ao que o coração diz a você.Na vida cotidiana, o ideal é combinar as impressões intuitivas com o raciocínio lógico. Ambos podem se complementar e são úteis para vencer numerosas situações. Em todo caso, para favorecer o conhecimento intuitivo é melhor estar familiarizado com todos os aspectos da situação ou do problema abordado. Freqüentemente o "flash" intuitivo chega quando se deixa de analisar e dar voltas em um assunto que nos preocupa.
Preste atenção ao que chega a sua mente.Em vez de reprimir intuições de maneira automática, a primeira coisa a fazer é aprender a reconhecê-las. Em vez de desprezar esse relâmpago de lucidez ou deixá-lo passar porque "é uma coisa irracional", procure retê-lo. Além disso, se dê conta que os golpes de intuição não podem ser previstos nem controlados: só podem ser "apanhados no ar".

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